Anseios

Postado em 16 de Setembro de 2016 - 09:14:00

Antes de definir com clareza as diretrizes de escrita deste blog, almejo, principalmente, criar um espaço de expresssividade emocional mais livre. Por isso, não irei bloquear meus sentimentos e emoções como costumeiramente fazemos em sociedade, às vezes, até em terapia. Bem, vou deixar um texto de minha autoria a seguir, o qual considero uma reflexão delicada e profunda sobre a natureza humana e meus desejos mais íntimos.

Queria ter os braços imensos, quase imensuráveis, para que pudesse abraçar o mundo. E no mundo as coisas, e nas coisas os significados, e nos significados os sentidos, e nos sentidos, pessoas. Pessoas de todos os tipos, inteligentes ou não, pequenas ou gigantes, hetero, homo, trans, indecisas, decididas ou inseguras, realizadas ou deprimidas, estudadas ou não, as que leem tudo e as que não decodificam nada. Queria ter pernas infinitas, que se perdessem nos cosmos, para que pudesse balançar suave nelas o planeta. E no planeta as emoções, e nas emoções os sentimentos, e nos sentimentos os medos, e nos medos os traumas, e nos traumas, seres humanos. Humanos por amar ou odiar, por vingar ou perdoar, estagnar ou seguir em frente, por sentir ou não a raiva, a indiferença, a tristeza ou a alegria, a empatia, a paz. Mas meus braços e pernas são do tamanho que deveriam ser e somente o interior reverso do meu ser é imensidão. Ilimitado espaço de sentimentos controversos, profundidade infinita de mim, eternidade de uma alma que se perde na realidade afim.